domingo, 5 de junho de 2016

O FANTASMA DA FLORESTA

   Na época das férias do final do ano, quatro amigos, João Guilherme, Miguel, Sophia e Eduarda foram para um acampamento no meio da floresta. Chegando lá, todos se impressionaram, porque era um lugar lindo, com muitas árvores e várias barracas à beira de um lago.
   Ao anoitecer, os monitores acenderam uma fogueira, o que deixou o lugar mais bonito. Já era madrugada, os quatro foram para sua barraca, passou um tempo e ninguém havia conseguido dormir, então João Guilherme sugeriu:
  -Já que não conseguimos dormir, por que não vamos dar uma volta pela floresta?
 -De jeito nenhum, essa floresta parece ser muito perigosa, e alem disso, os monitores nunca deixariam. Respondeu Sophia.
  -Para de besteira Sophia! E quanto aos monitores, eles nunca descobririam. Disse João Guilherme.
  -Nós não vamos sozinhos é muito arriscado. Disse Sophia.
  -Essa é só a sua opinião, o que você acha do passeio Miguel? Perguntou João Guilherme.
  -Pra mim tanto faz! Miguel respondeu.
  -Tá bom, e você Eduarda, não acha legal passear na floresta? Pergunta ainda João.
  -Sim, acho que devemos ir, vai ser muito legal!
  Assim, eles foram, andaram por muito tempo e quando passaram perto de um tronco de árvore caído, Sophia se sentou e começou a chorar. João sentou ao seu lado e perguntou:
  -O que aconteceu, Sophia?
  -Estou com medo e frio, e também muito cansada.
  -Coloque a minha jaqueta, pois daqui a pouco já vamos chegar ao acampamento.- Disse João.
   Ela colocou a jaqueta e eles seguiram a Eduarda até o acampamento, mas se passou meia hora e ainda nem sinal do acampamento, então Eduarda disse preocupada:
  -Já era para termos chegado ao acampamento faz tempo! Acho que estamos perdidos!
  -O que vamos fazer agora? Perguntou Sophia chorando.
  -Estou ouvindo barulhos à esquerda, vamos por aquele caminho.
   Eles seguiram pela esquerda, andaram mais um pouco e chegaram em uma casa grande e bem assustadora. João disse que tinha visto uma casa parecida com aquela em um filme.  Eles se aproximaram da casa e como estava toda suja e velha acharam que estava abandonada.
   Miguel correu na frente de seus amigos e entrou na casa, então Sophia gritou:
  -Não entre ai, Miguel! Pode ter monstros ai...
  -Monstros não existem, Sophia. Miguel respondeu rindo.
   Depois que todos entraram, Eduarda disse:
  -Estou muito confusa, porque a casa está limpa por dentro.
  -Tem alguém aqui? Gritou João.
   Não houve resposta e Miguel começou a andar pelos cômodos da casa e de repente sumiu. João foi atrás dele, mas não o encontrou. Sophia começou a chorar e Eduarda estava se segurando para não fazer o mesmo e quebrando o silêncio que havia, João Guilherme disse:
  -Isso se parece muito com um filme que eu assisti! Todo mundo morre...
 -Não é hora dessas besteiras, isso não é um filme, é vida real! Disse Eduarda muito irritada.
  -Eu sei, mas como não temos ideia do que fazer, vou agir como se fosse naquele filme. Disse João.
  João foi perto da escada e encontrou um alçapão, que dava em um porão, ele desceu até o porão e encontrou Miguel, que estava amarrado em uma cadeira e ao lado dele estava um homem, mas era diferente, seus traços não eram nítidos, como se ele estivesse se escondendo. João observou um pouco esse homem e disse:
  -Quem é você? O que você quer com meu amigo e com a gente? Estamos perdidos do nosso acampamento e queremos voltar...
  -Sou o dono dessa casa, meu nome é Bartolomeu e irei prender você e seus amigos aqui para sempre, pois ninguém pode saber desse lugar. Respondeu o homem.
 -Impossível você nos prender aqui para sempre, virão nos procurar e algum dia você morrerá e nós escaparemos. Disse João.
  -Eu já morri faz 50 anos. O homem respondeu rindo.
  Nisso, foi um grito só de todas as crianças.
 -Então você é um fantasma? Mas por que quer prender eu e meus amigos aqui para sempre? Disse João.
  -Quando eu tinha sua idade, ninguém queria ser meu amigo, pois me achavam estranho por morar em uma casa no meio da floresta, por isso tenho raiva de grupos de amigos como vocês.
  -Que pena que faziam isso com você, mas a culpa não é nossa! E você parece ser uma pessoa, quer dizer, um fantasma do bem! Igual o Gasparzinho! Conhece?
   -Não!
   Então Miguel teve uma ideia:
  -Bartolomeu, e se você nos libertar e todas as férias nós virmos aqui te visitar. É uma promessa!
  -Vocês fariam isso por mim? Perguntou o fantasma.
  -Claro que sim, nós seremos grandes amigos. Disse Miguel.
  -Vocês estão me enganando!
  -Claro que não! Nós parecemos mentirosos?
  -Está bem, podem ir! Mas, lembrem-se de guardarem esse segredo, senão irei atrás de vocês! Disse o fantasma.
   Clareou o dia, eles se despediram do fantasma e foram para o acampamento.
   Levaram uma bronca dos monitores, mas não contaram nada!
  Dizem que continuaram visitando o Bartolomeu todas as férias e viveram grandes aventuras!

   Bem, mas essas aventuras serão contadas em outra história!
Bárbara Lopes

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